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O objetivo é destacar os principais tipos de transportes de carga e de passageiros no Brasil, bem como, as vantagens e desvantagens de seu uso. Com a intenção de problematizar os tipos de transportes, partimos da discussão sobre alternativas discutidas para melhorar o desempenho do transporte.
Os tipos de transporte utilizados no Brasil
Na imagem acima temos a matriz de transporte de carga no Brasil no ano de 2005 e a projeção planejada para 2025. No ano de 2005 vemos que o transporte rodoviário é o tipo mais usado para o transporte de carga, seguida da ferroviária (25%), aquaviário (13%), dutoviário (3,6%) e aéreo (0,4%). No planejamento para 2025 a ideia é estimular o transporte ferroviário e o aquaviário.
O transporte ferroviário
O transporte ferroviário de cargas no Brasil é baixo e sua distribuição é irregular, tendo uma concentração de ferrovias na região sudeste. Em contrapartida, a região centro-oeste e Norte somam juntas apenas 10% das ferrovias brasileiras.
Este modo de transporte é uma alternativa mais barata em comparação ao transporte rodoviário.
Até a década de 1920, o Brasil desenvolveu seu sistema ferroviário de forma periférica e não integradora no território nacional. A preocupação era colocar em contato certas áreas produtoras de riquezas até o porto de exportação Mais recentemente, tem ocorrido uma intensificação no uso de ferrovias para o escoamento de cargas, notadamente, aquelas voltadas para exportação.
Este tipo de transporte é extremamente utilizado em outros países desenvolvidos como EUA, Rússia, Canadá, Austrália e etc.
A dependência do transporte rodoviário no Brasil
A rodovia é o principal transporte no Brasil, seja pelo transporte de passageiros (90% de passageiro usa somente o rodoviário) e de cargas (55%). Desta forma percebemos o quanto o Brasil é dependente do transporte rodoviário.
Por causa dessa dependência é importante destacarmos as vantagens e desvantagens desse transporte. A principal vantagem do transporte rodoviário é nossa atual malha rodoviária que abrange 1.824.363 km. E ao contrário, diversos pontos negativos podem ser enumerados sobre as desvantagem do transporte rodoviário, como:
Em resumo, o transporte rodoviário tem diversas desvantagens e torna-se necessário pensar em alternativas de transporte.
O Brasil é um país de dimensões continentais, sendo que seu território abriga uma grande diversidade de terrenos, cuja transposição requer a utilização de variados meios de transporte.
Em razão das grandes distâncias apresentadas entre as áreas de produção agrícola e os locais de escoamento, somadas à opção histórica do País pelo modal rodoviário, há um consequente aumento nos custos das mercadorias transportadas. Desta forma, levando-se em consideração as necessidades logísticas do País, a intermodalidade, caracterizada pela utilização de diferentes meios de transporte que se adaptem à natureza do produto transportado e às distâncias a serem per corridas, leva a uma otimização no transporte de mercadorias e a uma consequente redução nos custos.
Por causa dessa dependência é importante destacarmos as vantagens e desvantagens desse transporte. A principal vantagem do transporte rodoviário é nossa atual malha rodoviária que abrange 1.824.363 km. E ao contrário, diversos pontos negativos podem ser enumerados sobre as desvantagem do transporte rodoviário, como:
- Elevado gasto com a manutenção das estradas e com a importação do petróleo,
- poluição e queima de combustíveis fósseis
- Problema com o tráfego com os congestionamentos
- Encarecimento das cargas transportadas por via rodoviárias (caminhões e utilitários).
Em resumo, o transporte rodoviário tem diversas desvantagens e torna-se necessário pensar em alternativas de transporte.
O Brasil é um país de dimensões continentais, sendo que seu território abriga uma grande diversidade de terrenos, cuja transposição requer a utilização de variados meios de transporte.
Em razão das grandes distâncias apresentadas entre as áreas de produção agrícola e os locais de escoamento, somadas à opção histórica do País pelo modal rodoviário, há um consequente aumento nos custos das mercadorias transportadas. Desta forma, levando-se em consideração as necessidades logísticas do País, a intermodalidade, caracterizada pela utilização de diferentes meios de transporte que se adaptem à natureza do produto transportado e às distâncias a serem per corridas, leva a uma otimização no transporte de mercadorias e a uma consequente redução nos custos.
A dependência do transporte rodoviário, greve dos caminhoneiros e ferrovia como alternativa.
Veja o vídeo de uma matéria do Jornal Nacional, da Rede Globo, no dia 01 de abril de 2015 sobre a dependência do transporte rodoviário, greve dos caminhoneiros e ferrovia como alternativa (click aqui para ver o vídeo)
Este vídeo destaca o problema maior do transporte rodoviário, o alto custo de infra-estrutura. Este problema afeta principalmente os caminhoneiros, que periodicamente estão realizando greves em busca de menores preço no custo do frete e renovação da dívida de compra de caminhões (Entenda a greve dos caminhoneiros de 2015). Por outro lado, a greve dos caminhoneiros afetou a produção de soja, aumentando o valor comercial, devido ao atraso do envio das mercadorias. No vídeo é destacado uma possibilidade de construção de uma ferrovia de integração do Centro Oeste de Vilhena (RO) até Uruaçu (GO) onde teria uma ligação com a ferrovia norte-sul até o Porto de Itaqui no Maranhão. Esta ferrovia poderia substituir o trabalho de 400 mil caminhões por ano e uma economia de R$ 7 bilhões por ano. Infelizmente, a projeção para construção dessa ferrovia e de outras (que foram projetadas) está longe de acontecer, pela falta de investimento nessa alternativa.
Transporte metroviário no Brasil
Módulo 62 - Sistema hidroviário, aeroviário e intermodal
Transporte hidroviário
Reflexões
Sugestão de leituras:
Evolução do metro
Qual é o maior metrô no Brasil? - Superinteressante
Brasil El país - “O condomínio torna a cidade mais desigual. É preciso inibi-lo”. ENTREVISTA com GERALDO MOURA, URBANISTA
Leiam um trecho da entrevista do urbanista Geraldo Moura (leia a matéria completa) sobre o problema do metrô no Brasil e em SP:
"[...] fazer metrô não pode ser apenas uma discussão tecnológica, como tem sido muitas vezes. Não dá pra falar de transporte e não falar de planejamento urbano. São Paulo tem uma região metropolitana da ordem de 20 milhões de habitantes. As oportunidades, contudo, estão extremamente centralizadas. Isso é fruto de uma lógica em que as pessoas vivem longe e tem que se deslocar muitos quilômetros para trabalhar. O que é preciso é levar cidade para onde só tem gente morando. E qual é um modo de fazer isso? Construir metrô, transporte, mas isso não basta. Junto com o metrô, é necessário pensar equipamentos que façam as pessoas quererem se mudar para perto das estações. É levar escola, emprego, faculdade, lazer e garantir também que pessoas alijadas pela lógica do mercado imobiliário possam morar nas imediações de maneira adequada. Ou seja, o grande problema de quando falamos em transporte é que ele é pensado sozinho. Não dá para fazer assim, o planejamento tem que vir todo junto."