O agrotóxico é nada mais que um veneno para combater pragas e pode ser encontrada nos alimentos (muitos alimentos tem a quantidade superior de agrotóxico permitida pela Anvisa).
Devido sua popularidade no mercado o agrotóxico é extremamente usada na produção alimentar nas plantações para assegurar sua melhor eficiência. Ou seja, o agrotóxico é utilizado para garantir que a renda do produtor não seja atrapalhada por pragas e garantir a a venda. Mas realmente existe necessidade de utilizar agrotóxico na produção alimentar?
Outra discussão é que o produto sem agrotóxico, como o agroecológico e orgânico, seja mais caro do que o produto convencional. Isso porque o custo de produção sem agrotóxico é mais caro, por ir na contramão dos produtos já aceitos no mercado e além da questão do transporte e logística do mercado.
Na tese de doutorado da Camilla Martins Malta do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia (Bionorte), da Universidade Federal do Tocantins (UFT), mostra que é possível produzir o abacaxi sem usar o agrotóxico e ainda que é possível vende-la por R$ 1,00 (o preço do Abacaxi em mercado é encontrado por R$ 7,00). Naturalmente o preço deste abacaxi se fosse vendido no mercado teria um acréscimo, o que nos faz pensar no quanto o mercado é injusto. Afinal, uma comida mais saudável é torna-se mais cara e de difícil acesso a população de baixa renda.
Matéria:
A produção de abacaxis sem o uso de agrotóxicos foi parte de um experimento científico da pesquisadora Camila Martins Malta, na Universidade Federal do Tocantins. O intuito da pesquisa é chegar a formatos de cultivo seguros, que garantam a qualidade do abacaxi e a produtividade sem que seja necessário aplicar produtos químicos na produção.
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De acordo com o material publicado pela própria universidade, o resultado foi extremamente satisfatório. Os frutos orgânicos têm o mesmo tamanho do que os produzidos com agrotóxicos e o sabor é até melhor.
“A Camila fez experimentos no campo, substituindo agrotóxicos por metodologias mais seguras, que garantem a proteção do fruto contra doenças, de maneira que não façam mal à saúde”, explicou o professor Raphael Sanzio Pimenta, orientador da pesquisadora no curso de doutorado.
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Esta foi a segunda colheita dentro da experiência e dos testes da nova metodologia. A produção rendeu 700 abacaxis, que foram comercializados dentro da própria universidade a R$1, sem intenção de lucros. Inclusive, a venda será revertida em doações para instituições carente.
Mas, infelizmente, esse baixo preço não deve ser o valor comercial da fruta. Por ser orgânico, quando chegar ao mercado ele tem um tipo de produção que acaba custando mais para o produtor e, consequentemente, também para o consumidor final.