30/10/2015

E se a Guerra Fria realmente chegasse a iniciar uma 3ª Guerra Mundial? Leiam a matéria abaixo que saiu no site da Uol: 

O capitão que desafiou ordens e impediu os EUA de começarem a 3ª Guerra Mundial

É surpreendente que tenhamos sobrevivido à Guerra Fria. Ao longo da última década, surgiram inúmeras histórias de militares soviéticos e americanos que receberam ordens para disparar armas nucleares entre os anos 1960 e 1980. A consciência deles os impediu de fazer isso, apenas para descobrirem mais tarde que as ordens eram mesmo equivocadas.
Agora, temos outra história horripilante para acrescentar a essa lista crescente de possíveis futuros pós-apocalípticos.
O ex-aviador John Bordne e seus companheiros da Força Aérea quase lançaram suas armas nucleares na manhã de 28 de outubro de 1962, durante a Crise dos Mísseis de Cuba. A Força Aérea só agora deu permissão a Bordne para contar sua história de como os EUA quase começaram a 3ª Guerra Mundial.
Bordne diz que, no auge da crise dos mísseis de Cuba, as tripulações da Força Aérea em Okinawa foram ordenadas a lançar 32 mísseis, cada um carregando uma grande ogiva nuclear. O lançamento foi impedido apenas pelo cuidado, bom senso e ação decisiva da equipe que recebeu essas ordens, evitando a guerra nuclear que provavelmente teria se seguido.
O capitão William Bassett recebeu ordens para lançar suas quatro armas nucleares. Eles até passaram por três camadas de códigos de segurança, recebendo uma confirmação cada vez que estavam corretos.
Quando o capitão leu a lista de alvos, para a surpresa do grupo, três dos quatro alvos não estavam na Rússia. Neste momento, Bordne recorda, o telefone tocou. Era outro oficial de lançamento, relatando que sua lista tinha dois alvos não-russos. Por que atacar países não-beligerantes? Isso não parecia certo.
Além de visar países não-inimigos – cujos nomes Bordne não revela -, também não parecia certo que eles estavam apenas no nível 2 da escala DEFCON – ou seja, um estágio abaixo de uma guerra nuclear. Uma ordem de lançar ogivas faria mais sentido em DEFCON 1. Assim, o capitão ganhou tempo ligando para o Centro de Operações de Mísseis, mentindo sobre não ouvir claramente as instruções para disparar as bombas.
Os homens com os dedos no gatilho estavam prontos para lançar as bombas, segundo Bordne, mas o capitão enrolou novamente e ordenou dois aviadores armados a “atirar no [tenente] se ele tentasse fazer o lançamento sem [qualquer] autorização verbal do ‘oficial sênior em campo’ ou sem que o Centro de Operações de Mísseis declarasse DEFCON 1″.
“Se isso for uma confusão e nós não fizermos o lançamento, não teremos nenhum reconhecimento, e isso será esquecido”, disse o capitão Bassett, segundo Bordne, nos momentos angustiantes antes que eles quase iniciaram a 3ª Guerra Mundial.
De acordo com Bordne, o capitão disse ao Centro de Operações de Mísseis pelo telefone que, enquanto não ouvisse que o nível de ameaça aumentou para DEFCON 1, ele não iria cumprir a ordem. Nós não sabemos exatamente o que o Centro de Operações de Mísseis disse para o capitão Bassett, mas eles finalmente receberam a confirmação de que não deveriam lançar as armas nucleares.
Depois que a crise passou, Bassett teria dito à equipe: “nenhum de nós irá discutir qualquer coisa que aconteceu aqui esta noite – nada mesmo. Nenhuma discussão no quartel, em um bar, ou mesmo aqui no local de lançamento. Vocês nem escrevam para a família comentando isso. Estou sendo perfeitamente claro sobre este assunto?”
O capitão Bassett faleceu em 2011, e ninguém disse um pio em mais de 50 anos – até agora, claro. Pesquisadores estão pedindo que seja liberado um relato completo sobre esse incidente, e o Arquivo de Segurança Nacional entrou com uma solicitação formal para tanto.
Mas, por enquanto, podemos acrescentar outra quase-destruição do mundo aos livros de história. Você pode ler o relato completo de Bordne sobre o incidente aqui: [Bulletin of the Atomic Scientists]

28/10/2015

ENEM

Como sempre, o ENEM toma conta dos noticiários tendo críticas negativas e positivas quanto ao Exame Nacional. Neste ano, parece que o ENEM foi descrito como o mais difícil da história tanto pelo o que foi exigido na prova (textos longos e questões conteudistas) e também por conta do tempo que foi considerado insuficiente para resolver as questões e de ler os textos suporte. E quem presto o Enem o que achou da prova?

Parece que a disciplina de Filosofia e Sociologia ganharam seu espaço no ENEM. Antes dessa prova, as duas disciplinas eram vistas dividindo espaço com questões de História, Geografia e Português. Nesta prova de 2015 do ENEM, teve várias questões de Filosofia e Sociologia. Avalio isto como positivo para darem mais valor para as duas disciplinas.

Não achei a prova de humanas difícil. Com uma leitura atenta e a noção dos conteúdos poderia-se acertar as questões. Vamos ver isso nas aulas quando farei uma correção da prova do ENEM. Portanto, para quem prestou a prova não se esqueçam de levar o caderno nas aulas.

Quem não prestou o ENEM e ainda quiser ver os cadernos de prova, acesse:

Prova do 1º dia - caderno branco
Prova do 2º dia - caderno cinza

Para quem não viu as correções da prova, veja por enquanto, a correção de dois cursinhos pré-vestibular:

Anglo 
Uol - Objetivo 
Correção de ciências humanas (powerpoint) 

Contudo, peço que esperem sair o gabarito oficial próprio do ENEM que é o que conta. Nesses dois sites divulgados acima, podemos perceber que há uma divergência da resposta certa em algumas questões.  Parece que o gabarito será divulgado amanhã a tarde, dia 28/10.

ATUALIZAÇÃO:

Gabarito oficial do ENEM

25/10/2015

Conteúdo de prova e resposta dos exercícios de História para o 3º


Conteúdo de prova de História do 3º: 


Apostila 14: Aula 7 e 8 - Segunda Guerra Mundial
                    Aula 9 - O Brasil na Segunda Guerra e o fim do Estado Novo
Apostila 15: Aula 1 e 2 - Guerra Fria

Respostas dos exercícios de História


A - Apostila 14: 

1) Aulas 7 e 8 - Segunda Guerra Mundial 

Página 179, 180

1) C 
2) A
3) E
4) O governo dos EUA alegou que era preciso empregar todos os recursos militares disponíveis para garantir a rendição japonesa e abreviar o conflito. Alegou ter ordenado o ataque a fim de evitar uma invasão ao Japão, que teria custado centenas de milhares de vida. 
Outros fatos importante: revanche dos EUA sobre o ataque de Pearl Harbor e o uso da bomba nuclear objetivava demonstrar o poder armamentista dos EUA, que viria a ser uma das principais nações. 

Tarefa mínima  (página 186, 187)
1)A
2) C
3) C
4) D

Tarefa complementar (página 187, 188)
1) A) De um lado, as forças republicanas, chamada de Frente Popular, destacava-se pelo combate ao ideário fascista e pela defesa do socialismo. Do outro lado a Falange, defendia as ideias fascista e o combate ao modelo republicano. 
B) O motivo para o uso da denominação "Ensaio Geral" relaciona-se ao fato de que apenas com a ocorrência da II GM pôde-se projetar uma compreensão por meio da qual se associou Guerra Civil Espanhola e a II GM. A guerra civil ter sido um 'ensaio' da IIGM ao confrontar fascistas e um leque de ideologias antifascistas, como ocorreu na II GM. 

2) Numa Europa alemã, o destino reservado aos judeus era o aniquilamento "a solução final". Para tanto, o Estado alemão organizou sistematicamente a deportação de judeus de vários países da Europa para campos de concentração e extermínio, dos quais se destacava Auschwitz. O racismo legitimava a ação nazista. A ideia da superioridade da "raça ariana" (alemã) sobre os demais povos a ideia de que os judeus deveriam ser eliminados por serem considerados inferiores era o princípio que legitimava tal ação.

2) Aula 9 - O Brasil na Segunda Guerra e o fim do Estado Novo


1) Corretas: A, C e E 
2) E
3) C
4) D
5) A

Tarefa complementar: 
1) C
2) E
3) C
4) A

B) Apostila 15:

1) Aula 1 e 2 - Guerra Fria 

Página 127 a 128
1) B
2)  A
3)  Com a vitória de Mao Tse Tung na guerra civil, em 1949, a China continental passou para o bloco socialista apontando para possibilidade de crescimento no continente asiático e alterando significativamente o equilíbrio de forças entre os blocos na Guerra Fria. A vitória de Mao Tse Tung também contribuiu para o projeto da Coreia comunista de buscar a unificação do país na eclosão da Guerra da Coreia (1950-1953)

4)  Em meio ao processo de descolonização, EUA e URSS buscavam garantir seus interesses na região e enfraquecer o rival. Ampliar a influência política na África significava agregar novos aliados aos seus respectivos blocos de poder durante a Guerra Fria. Existiam também interesses econômicos, caso dos minérios do Congo. 

Página 133 e 134
1) B
2) A
3) A
4) B

Tarefa complementar 

1)  a) Os elementos da Guerra Fria: 
- divisão do mundo em áreas de influência, comunista e capitalista
-intensa propaganda ideológica
- a corrida armamentista e espacial
- a existência de confrontos indiretos para manter ou ampliar as áreas de influência
b) Os textos trazem indícios do quanto o conhecimento científico acerca da produção das bombas atômicas contribuiu para fortalecer o poderio militar de EUA e URSS. Assim, o desenvolvimento científico pôde criar condições para o aprimoramento das tecnologias e o exercício do poder nas sociedades contemporâneas, seja através das exportações de tais tecnologias ou na formação de uma aparato militar que amplia as influências nas questões internacionais. 

2)  a) O casal aparece abaixo admirando o automóvel. O 'novo modelo' do Oldsmobile, que ocupa grande parte da figura, com suas novidades tecnológicas, aparece como o objeto desejado. Acima do automóvel aparece um jato, que parece cortar os céus, símbolo de velocidade e inovação tecnológica militar. O texto e o tipo das letras escolhidas reforçam a mensagem de que o lançamento do novo modelo é um grande evento. 
b) A propaganda reforça a concepção da felicidade associada como um símbolo da felicidade, da ascensão social, desejada pelo casal que, através do trabalho, pode ter condições de adquirir o veículo dos sonhos. 

3) E

Ciência da felicidade: É melhor investir dinheiro em bens materiais ou experiências?


Fiz uma discussão com o 2º ano sobre Felicidade e o caminho que temos de encontrá-la. Para a minha surpresa a maioria responde que felicidade se resume aos bens materiais, tendo o dinheiro uma relevância maior. Não que o dinheiro na nossa sociedade capitalista tenha uma função central, mas como fica nossos momentos que nos deixa feliz? O dinheiro, portanto, compra a felicidade? Se o dinheiro compra a felicidade, qual o valor da felicidade? 

Buscando textos sobre 


Ciência da felicidade
Todo mundo está em busca de felicidade. Há economistas que pensam que a felicidade é o melhor indicador de saúde de uma sociedade. Também sabemos que apesar do dinheiro ser indispensável para atender nossas necessidades básicas, ele não converte cifrões em felicidade. Para a maior parte de nós, a grande questão em relação ao dinheiro é como gerir satisfatoriamente os recursos, que para a maioria das pessoas é limitado. Dentro do senso comum, a maioria busca adquirir algum bem (objeto físico) que consiga agregar visibilidade, durabilidade e segurança material (em alguns casos). Dessa maneira, usar o dinheiro para ir a um show ou fazer aquela viagem pode parecer um desperdício de dinheiro. Mas de acordo com uma recente pesquisa do departamento de Psicologia da Universidade de Cornell essa ideia pode estar bastante equivocada.
O estudo se focou em analisar a relação entre o dinheiro e a felicidade por mais de 2 décadas. Segundo um dos líderes do projeto, o professor Thomas Gilovich, a posse de bens materiais não se converte em felicidade devido a nossa capacidade de se acostumar rapidamente com tudo o que adquirimos: “Um dos inimigos da felicidade é a adaptação. Nós compramos as coisas para nos fazer felizes, e nós temos sucesso. Mas só por um tempo. Novas coisas são excitantes para nós no início, mas depois nós nos adaptamos a eles” afirmou.
As descobertas de Gilovich são o resultado da análise de entrevistas realizadas por ele e outros pesquisadores em contribuição para o chamado paradoxo de Easterlin. Em linhas (muito) gerais, essa tese sustenta que o dinheiro só compra a felicidade até certo ponto. Gilovich sugere que as pessoas serão mais felizes gastando dinheiro em experiências como ir a exposições de arte, fazer atividades ao ar livre, aprender uma nova habilidade, ou viajando ao invés de comprar o iPhone mais recente ou um novo BMW.
Para chegar a conclusões como essa foram feitas entrevistas que pediam as pessoas que fizessem um auto-relato de sua felicidade contando quais foram os bens adquiridos que mais lhes trouxeram alegria e comparando com suas experiências diletantes. No início, a felicidade com os bens materiais foi classificada como maior, mas ao longo do tempo a satisfação das pessoas com as coisas que eles compraram foram caindo, enquanto a satisfação com as experiências em que investiram algum tempo e dinheiro subiram.
A primeira vista pode parecer estranho que um objeto físico que pode ser mantido por um longo tempo não sustente a felicidade tanto tempo quanto uma experiência passageira é capaz. Ironicamente, o fato de que uma coisa material está sempre sendo superada, torna mais fácil se adaptar a eles, que gradualmente vão sendo incorporadas ao dia a dia até tornar-se parte trivial da vida. Enquanto a satisfação com as compras materiais diminui ao longo do tempo, as experiências tornam-se uma parte intrínseca da nossa identidade.Nossas experiências são uma parte maior de nós mesmos do que os nossos bens materiais“, diz Gilovich.“Você pode realmente gostar de seus bens materiais. Você pode até pensar que parte de sua identidade esteja ligada a essas coisas, mas mesmo assim eles permanecem sendo coisas externas a você. Por outro lado, suas experiências realmente são parte de você. Nós somos a soma total de nossas experiências” completa











Resposta de exercícios de Filosofia para o 1º ano

Filosofia para o 1º ano do EM

Conteúdo de prova do 1º ano: Filosofia Moderna (Racionalismo e Empirismo)


Resposta dos exercícios da Unidade 5 sobre Racionalismo (página 40 e 41)

50) E
51) Inicialmente Descartes viu-se solapado pela dúvida a qual tomava conta da reflexão crítica europeia em sua época, mas em seguida transforma esta dúvida em um método que tem por objetivo a conquista do saber. Descartes parte da dúvida em busca de uma verdade inicial indubitável e para sua dúvida diante do próprio ato de duvidar ao se dar conta de que para duvidar é preciso pensar. O pensamento é uma certeza. A essência do homem é ser uma coisa pensante, res cogitans.
Para encontrar a verdade tem os 4 passos (explique cada uma delas) 
Evidência 
Análise
Síntese
Verificação 

52) a) o propósito da dúvida é alcançar o conhecimento verdadeiro, claro ou distinto e evidente. Os graus são os 4 passos da dúvida (explique cada um deles)
b) Quando a dúvida atinge o seu limite, a dúvida hiperbólica, ou seja, duvidar da própria dúvida, ela começa a ser superada, pois permite que se encontre uma certeza, se estou duvidando significa que estou pensando, portanto, não posso duvidar que penso. Aliás, para duvidar preciso pensar, surge,então, a primeira certeza: se eu só posso duvidar pensando, e se eu estou duvidando é porque estou pensando. O pensamento é, para Descartes, uma atividade autofundante: sua existência resulta da própria atividade. 


53) C
54) D
55) C


Resposta dos exercícios da Unidade 6 (página 46 e 47) - Empirismo

Do exercício 56 a 58 o assunto é sobre o Iluminismo. Como tal assunto ainda não foi visto não divulgarei o gabarito.
59) A
60) C
61) B
62) C
63) B
64) D
65) Para Hobbes, o contrato é firmado pelos homens naturais em si, que outorgam a um terceiro o poder soberano, sendo a instituição desse apenas a conclusão do contrato. o Estado é instituído, quando uma multidão de homens escolhe um representante e aceita todos os seus atos e decisões como se fossem seus atos e decisões. Assim, em Hobbes os seres humanos, com o objetivo de preservar suas vidas, transferem a outro homem ou assembleia a força de coerção da comunidade; troca voluntariamente a liberdade que possuíam no estado da natureza pela segurança do Estado - Leviatã.
Para Locke, os seres humanos concordam em estabelecer a sociedade política - civil - com o objetivo de preservar e consolidar os direitos que já possuíam no estado de natureza, - direito à vida, à liberdade, e aos bens. Locke acredita que no estado civil os direitos naturais inalienáveis estarão mais bem protegidos sob o amparo da lei, do arbítrio e da força do corpo político unitário. 

66) Idem do exercício de 56 a 58. O assunto ainda não foi visto e não passarei o gabarito. 

67) a) Porque para ele, que é um contratualista absolutista, os indivíduos são todos iguais no poder e na força de lutar uns contra os outros para assegurarem sua própria sobrevivência e liberdade e isso é o estado da guerra vigente (estado da natureza), que gera incerteza, desconfiança, insegurança e caos (não há paz). Somente se renunciam ao uso do próprio poder e da própria força, transferindo tal uso para um governante (poder público), ou seja, somente se pactuam uns com os outros, criando o poder soberano que esteja acima de todos e a todos que possa governar, é que produz a ordem e a segurança que pode acabar com o caos. 
b)  Porque para Hobbes, o pacto ou contrato, em que todos transferem o poder ao governante como monopolizador do uso da força, produz a passagem ou transformação dos indivíduo, de um estado de natureza (como o estado de guerra de todos contra todos) para um estado civil ou sociedade política (como estado de lei e ordem). Isso significa, ao mesmo tempo, a passagem para uma situação em que exista um poder soberano legítimo (público), que não existiria sem o consentimento dos súditos. 


20/10/2015

Einstein e a bomba atômica

Leiam:

Einstein e a bomba atômica

Por Kléber Cavalcante
Graduado em Física do Brasil Escola
 

No ano de 1939, mais precisamente em dois de agosto, Albert Einstein escreveu uma carta ao então presidente dos Estados Unidos, Frankin Delano Roosevelt, acerca da possibilidade da criação de uma bomba configurada a partir de uma cadeia de reações em uma grande massa de urânio (bomba atômica).

Dizia Einstein em sua carta que “nos últimos quatro meses tornou-se provável – através do trabalho de Joliot, na França, bem como de Fermi e Szilard, nos EUA – que seja possível desencadear, numa grande massa de urânio, uma reação nuclear em cadeia, que geraria vastas quantidades de energia e grandes porções de novos elementos com propriedades semelhantes às do elemento rádio”. Dizia ainda que essa reação permitiria a construção de bombas ao passo que “um único exemplar desse tipo, levada por um navio ou detonada em um porto, poderia muito bem destruir todo porto junto com uma grande área ao seu redor”.
Einstein pedira a Roosevelt que o programa nuclear se iniciasse o mais rápido possível. O presidente, por sua vez, reuniu cientistas, engenheiros, militares e funcionários do governo para juntos criarem o Projeto Manhattan, cujo objetivo final era produzir a bomba atômica.

Esse projeto custou aos cofres públicos mais de 2 bilhões de dólares, para a construção de 37 laboratórios especiais para pesquisas em 19 estados, bem como no Canadá. É curioso ressaltar que, apesar do montante de recursos e da quantidade de pessoas envolvidas no projeto, o segredo foi tão bem mantido que praticamente ninguém fora de um pequeno círculo seleto sabia o que se passava.

Anos mais tarde, Einstein lamentou o papel que teve no desenvolvimento dessa arma destrutiva: “Eu cometi o maior erro da minha vida, quando assinei a carta ao Presidente Roosevelt recomendando que fossem construídas bombas atômicas”.
No dia 6 de agosto de 1945, o avião norte-americano Enola Gay lançou a primeira bomba atômica já usada em uma guerra sobre a cidade de Hiroshima, no Japão, matando cerca de 140 mil pessoas. Três dias depois foi a vez Nagasaki ser atingida por outra bomba. Este último artefato foi lançado cerca 1,5 km longe do alvo, que era o centro da cidade e, mesmo assim, matou 75 mil pessoas.

Hoje, apesar da existência do Tratado de Não proliferação Nuclear, assinado em 1961, vários países ainda têm interesse na construção de armas nucleares para se fortalecerem política e militarmente.

Após a construção da bomba atômica, surgiu a bomba H (hidrogênio), com poder de destruição dez vezes maior que a primeira bomba atômica, e hoje, pelo menos na ficção, estão tentando criar a bomba de antimatéria, infinitamente mais destrutiva do que a bomba de Hidrogênio.

Em 2009, a bomba atômica voltou a ser notícia no mundo inteiro, após o Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, anunciar, no dia 23 de junho, novos testes com mísseis capazes de atingir Israel e as bases americanas no Golfo Pérsico. Recentemente, o presidente iraniano declarou ao mundo que retomará as pesquisas nucleares no país.
 

Videos explicativos sobre a Segunda Guerra Mundial

Olhem que didáticos estes dois vídeos ilustrativos sobre a Segunda Guerra Mundial (II GM). Peço que o estudante veja os dois vídeos pois um aborda fielmente fatos da  II GM e o outro vídeo discute outros pontos (como a participação do Brasil).

O primeiro vídeo ilustra didaticamente a expansão alemã, a origem do conflito da II GM e as mudanças da conjectura da guerra. Este vídeo, provavelmente, foi feito com uma boa base histórica sobre a II GM. 



 O segundo vídeo é parecido com o primeiro, ou seja, explica a origem do conflito da II GM e algumas guerras (como Stalingrado) e insere a participação dos EUA na Guerra (em 1941, após o ataque de Pearl Harbor). Pela explicação do vídeo na descrição percebemos que este vídeo não foi produzido por historiadores e sim por designers, por isso, o primeiro vídeo é mais fiel em pontos históricos. Isto não quer dizer que o segundo vídeo tenha informações erradas, mas quer dizer que tem informações básicas. Sugiro que o estudante veja os dois vídeos. 
A principal diferença entre o primeiro e o segundo vídeo se dá pela explicação de quando o Brasil entra na Guerra e além de que é utilizado imagens para deixar o vídeo mais didático. . 



19/10/2015

Indicação de filmes sobre Segunda Guerra Mundial e Guerra Fria

Segue indicações de filmes e seriados sobre a Segunda Guerra Mundial e da Guerra Fria (bons estudos)

Segunda Guerra Mundial 

1. Filme: O Pianista
Conteúdo: Segundo Guerra Mundial; Invasão da Polônia


2. Filme: O Menino do Pijama Listrado
Conteúdo: Segunda Guerra Mundial: Judeus



Esse filme tem no netflix 


3. Filme: A vida é bela
Campo de concentração 

Também tem no netflix


Guido (Roberto Benigni) é um judeu que muda do campo para a cidade nos anos 30. Lá, conhece a encantadora professora Dora (Nicoletta Braschi), por quem se apaixona. Cinco anos mais tarde, eles estão casados e têm um filho, Josué (Giorgio Cantarini). Guido e sua família são capturados e ficam presos em um campo de concentração. Preocupado com seu filho, Guido tenta a amenizar o sofrimento do menino, contando histórias. Para poupar seu filho das crueldades do nazismo, diz que estão participando de uma gincana para ganhar um tanque de guerra e devem passar por muitas privações para conseguir o prêmio. “A Vida é Bela” conseguiu sete indicações ao Oscar de 1998, vencendo nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Ator (Roberto Benigni) e Melhor Trilha Sonora.

4. Filme: A queda: as últimas horas de Hitler 
Resultado de imagem para a queda

No meio de uma noite de novembro de 1942, um grupo de jovens mulheres é escoltado por oficiais das SS, através do bosque, até a Toca do Lobo, o QG de Hitler na Prússia Oriental. São candidatas ao cargo de secretária pessoal do Führer. Entre elas, está Traudl Junge, uma jovem de Munique, de 22 anos. Ela é escolhida para o trabalho, e a idéia de servir ao Führer pessoalmente a deixa radiante. Em abril de 1945 os russos tomam Berlim deixando o exército alemão em pânico. "A Queda! As Últimas Horas de Hitler" é baseado nos relatos de Traudl Junge, além de livros, entre eles o de Joachim Fest, a maior autoridade mundial em nazismo.

Filme completo: (Veja aqui )


Guerra Fria

1. Seriado: The Americans
Espionagem durante a Guerra Fria

Sinopse: Situado durante o mandato do presidente Reagan, este drama da Guerra Fria acompanha um casal de espiões soviéticos vivendo discretamente perto de Wasghinton, D.C 



Obs: Tem no Netflix. 

2. Filme: Adeus, Lênin 
Guerra Fria e queda do muro de Berlim 

Sinopse: 

Adeus, Lênin! é uma valiosa contribuição para o cinema quando se trata da temática acerca da queda do muro de Berlin, ocorrida em 9 de novembro de 1989, após 28 anos dividindo simbolicamente a República Federal da Alemanha (RFA) e a República Democrática Alemã (RDA). Através da visão perfeccionista do diretor Wolfgang Becker esse capitulo da historia alemã, tantas vezes (e nem sempre de forma coerente) retratado nas artes, ganha nova forma em seu peculiar ponto de vista em torno de um tema tão polêmico.
Pouco antes da queda do muro Christiane Kerner (Katrin Saß) entra em coma. Quando ela finalmente volta a consciência, oito meses depois, seu médico recomenda que a família seja cautelosa, pois Christiane deve ser poupada de qualquer choque ou surpresa. Para o filho Alex (Daniel Brühl), juntamente com sua irmã Ariane (Maria Simon) e seu colega de trabalho Denis (Florian Luckas), resta então a árdua tarefa de recriar um mundo já deixado para trás com a reunificação alemã.
Para que sua mãe não corresse o risco de um choque emocional, o que seria muito grave para a sua sáude, Alex recria em um quarto de seu apartamento a extinta Alemanha Oriental, com produtos, notícias e até mesmo pessoas, mostrando uma fictícia derrocada do capitalismo na Alemanha.
Filme completo (youtube
3. Filme: Boa Noite e Boa Sorte 
Guerra Fria, Macartismo 
Boa Noite e Boa Sorte
Edward R. Morrow (David Strathairn) é um âncora de TV que, em plena era do macarthismo, luta para mostrar em seu jornal os dois lados da questão. Para tanto ele revela as táticas e mentiras usadas pelo senador Joseph McCarthy em sua caça aos supostos comunistas. O senador, por sua vez, prefere intimidar Morrow ao invés de usar o direito de resposta por ele oferecido em seu jornal, iniciando um grande confronto público que trará consequências à recém-implantada TV nos Estados Unidos.
Obs: o filme é preto e branco.
Tem no youtube o filme completo (veja aqui)
4. Filme:Treze Dias Que Abalaram o Mundo 
A CIA e sua influência da(agência de inteligência americana)
"Conflito Iminente com os Vermelhos" "Bloco Soviético em Estado de Alerta" "O Mundo em Pânico" "Kennedy falará hoje na TV" Durante treze dias do mês de outubro de 1962 estas foram algumas manchetes dos jornais dos Estados Unidos e do mundo. Foram treze dias em que o destino da humanidade esteve nas mãos de um pequeno grupo reunido no salão oval da Casa Branca. A possibilidade de uma guerra nuclear era real, e as igrejas ficaram repletas de gente rezando para que o mundo não acabasse. Caravanas iam assistir ao pôr-do-sol pensando que aquele seria o último. Jovens amantes prometiam morrer uns nos braços dos outros, e algumas centenas de pessoas se suicidaram. A guerra parecia ser a única saída. Faltavam poucas horas para que os mísseis em Cuba ficassem prontos para serem usados. Todos os assessores militares diziam para o Presidente: "O Tempo acabou. Temos que invadir".
Tem no netflix e filme completo no youtube. 
5. Documentário: Guerra da Democracia
Influência da CIA na América Latina, operação Condor, *Guerra Fria, golpe de Estado, Salvador Allende, Iraque, Irã
*Este documentário foi colocado aqui para explicar sobre a influência política da CIA (central de inteligência americana) na América Latina. Alguns elementos podemos comparar com a Guerra Fria, quando houve um período maior de iniciativas da agência em modificar países com política comunista. Ou seja, este documentário aborda diversos exemplos sobre o imperialismo americano. Em específico, aborda a questão do Chile com o golpe de Estado financiado pelso americanos contra o governo de Salvador Allende. Os EUA apoiaram uma implementação de umas das piores ditaduras na América Latina, com o apoio ao golpista Augusto Pinochet 
Sinopse: O premiado jornalista John Pilger analisa o papel de Washington na América manipulação da política latino-americana durante os últimos 50 anos que antecederam a luta por pessoas comuns para se libertar da pobreza e o racismo. Desde meados do século 19 na América Latina tem sido o 'quintal' de os E.U.A., um conjunto de estados vassalos, cuja maior parte compatível com regimes brutais e muitas vezes têm reforçado a "invisibilidade" dos povos a sua maioria. O filme revela políticas semelhantes da CIA para ser contínua no Iraque, Irã e Líbano. A ascensão de Hugo Chávez, da Venezuela, apesar de Washington em curso apoiado os esforços para derrubá-lo, apesar de sua popularidade enorme massa, é democrático de uma forma que temos esquecidos ou abandonados no oeste. Verdadeira Democracia sendo um sólido 80% o número de eleitores em apoio à Chávez, em mais de 6 eleições. (sinopse traduzida do site www.imdb.com - escrita por David Blake)
Trecho sobre Chile no documentário - aos 6 minutos - veja aqui




13/10/2015

Ciência e senso comum: diferença e exemplo


O senso comum:



Em suma, o conhecimento do senso comum é algo que se adquire ou defende sem uma investigação para se chegar a uma conclusão. Ou seja, o senso comum é um conhecimento que envolve experiências tradicionais ou culturais. Este conhecimento envolve muitas vezes crenças ou mitos sem uma comprovação.   
Como exemplo do senso comum temos as superstições ou até os remédios caseiros. Quem nunca ouviu que não podemos tomar leite e comer manga ao mesmo, pois pode tal combinação pode ser mortal? Que tomar banho após comer pode dar má digestão e podemos morrer? Que devemos cortar o cabelo na lua crescente para que o cabelo cresça mais rápido? Que não podemos passar por debaixo da escada por dar azar? Ou que ao cruzar com um gato preto teremos azar? Existe uma infinidade de crenças semelhantes e estas são apenas para exemplificar. 
Embora, tenhamos a noção que o conhecimento pelo senso comum seja baseado em valores tradcionais que nem sempre constitue como uma verdade. O senso comum é Utilizamos muito o conhecimento do senso comum para atividades diárias. Podemos citar o exemplo, de quando vamos cozinhar ou quando pensamos em como fazer determinadas coisas.

Ciência:

Diferente do senso comum, a ciência é um conhecimento que busca ter uma comprovação na sua argumentação. 
Para entender o que seria comprovar um argumento, nós podemos usar o exemplo que Galilei Galileu encontrou para comprovar que o sol não girava em torno da terra; 



Diferença entre senso comum e ciência (ler aqui)

  
Para quem quiser aprofundar a leitura:

Ciência e senso comum - Boaventura de Sousa Santos

O Grande Ditador - o filme, crítica e discurso final

Como atividade interdisciplina passei o filme O Grande Ditador de Charles Chaplin. Devido ao tempo do filme, acabamos não conseguindo terminar de ver o filme. Combinei que passaria o restante do filme nessa próxima aula e faria uma atividade sobre o mesmo. 

Interessante que leiam a crítica a seguir sobre o filme para entender melhor a grandiosidade do filme e de Charles Chaplin. 

No fim, deixei o link para assistir o filme completo e o trecho do discursos final do filme. Este discurso é até hoje muito lembrado pelos defensores dos direitos humanos e mortalizou a imagem crítica de Chaplin. 


Crítica, por interrogação.com.br
Em 1940 a Segunda Guerra Mundial estava há 5 anos de oficialmente terminar. Nesse ano o cineasta Charlie Chaplin lançava O Grande Ditador (The Great Dictator, USA, 1940), com um dos roteiros mais ousado, engraçado e com forte crítica social sobre esse momento que realmente marcou a história do cinema.
Logo nos créditos iniciais de O Grande Ditador somos avisados que a semelhança entre os personagens do filme com a realidade é uma mera coicidência, o que sabemos não ser verdade. Chaplin apresenta dois personagens fisicamente idênticos, mas em situações opostas. Adenoid Hynkel é o grande ditador da Tomânia, uma nação que afundada numa crise passa a crer em coisas como grandes líderes e raças superiores. Já o outro, o intitulado barbeiro de judeus (Carlitos), é o típico desajeitado que perdeu a memória na guerra e não entende o que está acontecendo em Tomânia e mais precisamente no gueto em que vive.
O enredo de O Grande Ditador é incrível, trazendo o paralelismo da vida dos dois personagens, ambos interpretados por Chaplin, que funcionam como caricatos cômicos das figuras centrais da época. Hynkel e o Barbeiro nunca se encontram, mas suas vidas estão interligadas, pois a vida de um sempre acaba estando em jogo com as decisões do outro.
Nas primeiras cenas vemos o personagem de Carlitos em meio a guerra, sempre perdido com cenas cômicas do front. Chaplin deixa claro a banalização com a seriedade da guerra e o mal uso das supostos poderes bélicos. Logo isso fica ainda mais nítido com as cenas de discussão, sobre acordos de “paz”, entre Hynkel e o narcisista Benzino Napaloni, ditador de Bactéria, uma clara referência entre a relação de Hitler com Benito Mussolini da Itália.
O Grande Ditador é cheio de cenas que remetem às situações de tensão que a Segunda Guerra Mundial causava e, Chaplin fez disso uma película em que tudo parece mais cômico se visto desse ângulo inocente que a comédia traz. Para reforçar os gestos caricatos dos dois personagens principais o diretor abusa das cenas longas, e um pouco exageradas, como os discursos fervorosos de Hynkel numa língua incompreesível. O filme foi o primeiro do diretor usando o som das vozes. Chaplin acreditava que o som iria mudar o expressionimo do cinema, o tornando mais banal.
Na filmografia do diretor havia o clássico Tempos Modernos, de 1936, que já o mostrava como pai das sátiras sociais. Dizendo que a vida era uma comédia se vista de perto, fez de seus filmes obras de arte, sem nenhum tipo de gratuidade, e muito representantivas sobre os fatos que estavam mudando o curso da humanidade. E mesmo com toda essa “leveza” Chaplin foi exilado dos EUA, por conta desse filme.
O Grande Ditador é um clássico pela criatividade e ousadia do diretor. Em um período em que as artes pisavam em ovos e o cinema era limitado pelo cinema-propaganda-totalitário, ele produziu/dirigiu/atuou em um filme que até hoje parece ousado demais, porém com a subjetividade suficientemente sensível para a época.
Enquanto, nesta época, muitos filmes, livros e obras americanos preferiam visar apenas o entretenimento, O Grande Ditador é marcado pela crítica social e falta de sentido do futuro. A arte da época foi marcada pelas caricaturas do que poderia vir a ser o futuro, como fica claro em outras obras do diretor e em obras literárias visionárias que retratam o totalitarismo como 1984, de George Orwell.


O Grande Ditador, o filme

O discurso de Chaplin