Gostaria, porém, de indicar uma leitura desse texto de Leonardo Sakamoto que trata sobre o trabalho análogo a escravidão de crianças que atuam na colheita do cacau, matéria prima para o chocolate que comemos. Não pretendo aqui faze-los parar de comer o chocolate, mas a intenção é que tenham uma leitura crítica sobre o assunto.
Colocando ainda mais lenha na fogueira, eu indico o vídeo no final do texto que mostra a reação de coletores de cacau na Costa do Marfim provando pela primeira vez o produto final, o chocolate.
É Páscoa! Conheça a história de escravos que penaram pelo chocolate
Leornardo Sakamato
Uma ação de fiscalização de trabalhadores do governo federal libertou, há alguns anos, 150 pessoas em Placas (PA), dentre elas mais de 30 crianças. Atuavam na colheita do cacau.
O grupo estava sujeito a condições humilhantes de habitação, alimentação e higiene. De acordo com o Ministério do Trabalho no estado, a maior parte das crianças estava doente, com leishmaniose ou úlcera de Bauru. Elas eram levadas ao trabalho para aumentar a remuneração, se sujeitando a todo tipo de situação.
Uma das crianças havia perdido a visão ao cair de cara em um toco de árvore.
Eles já começavam o serviço devendo aos empregadores por terem que pagar equipamentos de trabalho e bens de necessidade básica. De acordo com as informações colhidas pelos fiscais, quem não cumpria as determinações dos patrões era ameaçado de morte.
Parte da indústria de alimentação – que ajuda o Coelho na sua tarefa pascal – e compra não só cacau, mas também outras matérias-primas de setores que vêm sendo sistematicamente envolvidos em trabalho escravo e trabalho infantil contemporâneo para fazer ovo, não demonstra lá muita energia para garantir o controle e a transparência de suas cadeias produtivas. Dentro e fora do Brasil.
Leia o texto completo aqui
Produtores de cacau da Costa do Marfim provam pela primeira vez o chocolate
Leia o texto que explica o vídeo no seguinte link